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domingo, junho 14

Sorriso, o teu

 Procuro a definição do teu sorriso, talvez a definição que não existe, a definição que julguei simples de encontrar. Como um poema, que se escreve sem se conhecer a história ou o sentimento, assim eu tento definir o teu sorriso.
 Não conhecendo o teu sorriso, a sua origem e o seu passado, apenas me delicio a olha-lo de longe. Tento não te olhar directamente, ficaria chateado se te envergonhasses ao me ver olhando para ti e que deixasses de sorrir. Porém, ver-te sorrir feliz também me faz feliz. Contagiante, será a primeira palavra que utilizo para definir o teu sorriso, mas prometo tentar encontrar, tantas quantas possíveis, palavras que reflictam o teu sorriso mesmo que não o possa ver ou tocar.
 A forma como sorris, não a tua gargalhada, o contorno dos teus lábios. Tanta ternura, tanta doçura quanta possa ser negada a quem dela não partilhe. O rosado de uma pétala perfeita que o sol ilumina. Florido. Sim, o teu sorriso pode ser chamado de florido, levando a memória para as mais bela flores de qualquer jardim perfeito e invulgar, onde nada mais existe que o teu sorriso.
 Temo não chegar ao teu sorriso, a essência do teu sorriso, o verdadeiro motivo que aqui me trouxe e que aqui me fez sonhar por o voltar a ver, a comungar do seu contágio, da sua alegria que floresce a cada olhar doce que de ti vem. Talvez não seja eu o destino do teu sorriso, talvez por isso não o consiga definir. Pudesse eu pegar no teu sorriso e torna-lo meu enquanto um poema é escrito e vivido, vezes sem conta.
 Por enquanto ficarei a olhar-te de longe, vendo o teu sorriso.