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quinta-feira, julho 21

Perco-me contigo

 Perco-me contigo, num mundo só nosso, por caminhos que conhecemos e tentamos descobrir a cada instante.
 Os meus braços que se deixam levar pela tua imaginação, que soltos navegam pelos sonhos teus e meus, percorrendo cada recanto do imaginário perdido no tempo. Por entre palavras silenciosas, nunca ditas, faço do  meu corpo som e cor, que outrora foi porto de abrigo, ancora do ser de alguém.
 Em banalidades tão complexas para eles, te encontro. Jamais saberão o significado das palavras que me dizes, que partilhas comigo, no silêncio do tempo. No entanto, para mim, não são mais do que caricias, que me levam para longe daqui, para longe do corpo que é meu.
 Difícil, seria descrever o que  te quero dizer, abrir a minha mente na tua, fazer de ti a metade de mim, para que não fosse preciso dizer-te a todo o momento que gosto de me perder contigo, que me fazes bem, mesmo que o desconheças, que gosto de sorrir para ti, mesmo que não o possas ver.
 Perco-me, no teu ser, no teu emaranhar de palavras que adoro, nos teus passos de cetim, nos teus gestos soltos que me levam para longe.
 Perco-me contigo, num mundo só nosso.

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