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terça-feira, julho 10

Douro em socalcos

 Verdes olhos, no reflexo do horizonte já ali, espelhos sem fim da beleza tão simples e natural da paisagem sublime de um Douro em socalcos.
 De rochedos firmes e pedras soltas, campos repletos de um verde que outrora foi castanho, amarelo e inexistente, onde o suor no rosto do homem é o orgulho de uma luta inacabada. Por entre ventos frios e calor abrasador, segue o seu caminho, sereno, sem se dar por ele. A brisa que corre ou morre nas suas entranhas, moldando-o a seu belo prazer, desenhando em si as rugas de uma idade milenar.
 Hoje, verde e repleto da essência que nos corações das suas gentes faz sorrir, esquecendo as amarguras e os desamores vividos repetidamente. A azafama não tarda a chegar, para mais uma etapa que faz de ti único e maravilhoso. Os visitantes que te percorrem, que te tentam conhecer, deixando em ti pouco mais que nada, a não ser a enorme admiração de sentirem a imensidão de um povo e de uma região.
 Leito de sonho e coragem, onde guerreiros marcados pelas suas terras fazem jus ao teu nome, Douro

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