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quinta-feira, fevereiro 3

Papel e caneta

Não ligo a materialismos... dou importância aquilo que as pessoas sentem, sinto que é mais verdadeiro que alguém pode possuir.
 Há quem se sinta feliz por ter tudo o que sonha ou ambiciona, por vezes sem se importar da forma como o conseguiram... eu prefiro possuir sentimentos por alguém ou por algo... alguém que me fez feliz... recordar esses sentimentos que outrora foram especiais e que agora não passam de uma bela nostalgia com que o tempo me brinda...  sentimentos pela pessoa especial que me deixa nas nuvens, que me faz sonhar acordado... o sentimento da amizade verdadeira tão difícil de encontrar nos dias de hoje... o respeito que as pessoas tendem a perder por pequenas grandes coisas e que quando o vemos em alguém nos faz acreditar que ainda vale a pena ser únicos... a lembrança do local onde demos o nosso primeiro beijo, que nos invade a alma como um sopro de fim de tarde de Verão... aquele passeio que demos de mão dada com a pessoa especial junto ao rio. Sentimentos que apenas a nós pertencem e que os conquistamos e adquirimos com a naturalidade e felicidade do momento...
 No entanto sou um pouco materialista... não dispenso da caneta e do papel nos momentos de solidão. Palavras soltas, rascunhos da alma transcritas na folha... pedaços de mim que a caneta deixa sair com o balançar da minha mão... verdades que custam a dizer... sentimentos difíceis de explicar em que apenas o toque da caneta no papel conseguem reproduzir a sintonia perfeita entre o coração e o exterior. Gosto de pensar que nestes momentos poderia ser um grande escritor ou um grande poeta de versos de amor... mas no final... sou apenas uma pessoa que escreve aquilo que a boca se recusa a dizer.
 Um dia, talvez perca ou baralhe todos os sentimentos que tanto preservo com o carinho que a eles dedico de corpo e alma... talvez esqueça as pessoas, os locais, o meu Ser... mas se tiver uma caneta e um papel... serei a pessoa que escreve aquilo que a mente perdeu ou baralhou...

2 comentários:

  1. Durante anos a caneta e o papel foram os meus cúmplices. Descreveram alegrias, dores, desilusões, paixões, partidas.
    Durante algum tempo foram os meus companheiros, amantes da minha solidão.
    Vivemos aventuras. Nunca nos calamos.
    Não sou poeta nem pretendo ser. Sou um mensageiro do que sinto...do que vivo...do que tenho...do que não posso ter.
    A verdadeira amizade existe.
    O verdadeiro amor existe.
    O eterno apaixonado vive.
    Mas será que escolhemos os caminhos certos? Porque nos afastamos das pessoas, verdadeiros seres, incompreendido, porque esta sociedade, não entende, nem quer entender.
    Vejo-te afastar...será do que não és capaz de escrever ou do que tens medo de sentir?
    Pergunta ao teu coração e ele ditará as respostas ao papel que a caneta obdece.

    Anjoverde

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  2. É tão bom olhar nos olhos de alguém e sentir verdade...dá-nos força para continuar em frente...e lutar pelos ideias da vida: a amizade, o amor, a tranquilidade, o sonho...que misturados com um pouco de rebeldia.....dá algo de sublime.

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